Tradução


domingo, 30 de setembro de 2012

Sensibilidade e atitude



Vivemos em uma sociedade onde a preocupação com o coletivo ou colocar-se no lugar do outro, é cada vez mais raro. No entanto, dois acontecimentos deixam a sociedade, as pessoas, sensíveis, e são justamente aqueles que marcam o inicio e o fim de nossas passagens na terra, o nascimento e a morte.
Este fim de semana a morte da apresentadora Hebe Camargo, causou espanto naqueles que admiravam ou não o seu trabalho na televisão. Hebe Camargo, assim como todos os que passam por aqui, deixa ensinamentos. Para a grande maioria como disse bem o jornalista Leandro Braga de Almeida a “Hebe é a representação de tudo o que queremos ser: ricos e felizes. Mesmo não discordando de sua afirmação o legado que Hebe deixa para o brasileiro é muito maior que o estereótipo de riqueza e glamour.
Ao longo de sua carreira Hebe tomou posicionamentos políticos criticados por muitos, ou opinou sobre aquilo que não tinha pleno conhecimento do assunto, e também foi criticada e pagou caro por seus posicionamentos, como o fim de seus programas ao vivo, queda na audiência, mesmo depois reconhecendo seus erros. Diversas vezes pude assisti-la vestida de verde e amarelo, esbravejando sua indignação, ao seu modo, quanto ao sistema que vivemos.
Os mais próximos conhecem meu asco pelo Brasil, e interessante que Hebe representou um brasileiro que morreu antes dela, um brasileiro que “dava a cara a tapa”, que defendia aquilo que acreditava, que sabia reconhecer o seu erro e era solidária ao seu modo. Em tempos onde as manifestações sociais se resumem as redes sociais, e as pessoas tem medo de dizer o que pensam independente de seu posicionamento político, Hebe deixou o exemplo do falar naquilo que acredita, coisa rara hoje na sociedade e nas mídias tradicionais. 

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