Tradução


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Extinção

Esta é a palavra que mais define as eleições no Nordeste, o ato ou efeito de extinguir, não me refiro a aniquilação, mas sim ao abrandar. Este é o real sentido que quero trazer para a política nos principais estados do Norte e Nordeste brasileiro.
Aqueles que acompanharam o resultado das eleições para o Congresso com maior atenção viu que um furacão chamado Lula, passou no Norte e Nordeste brasileiro não deixando árvores e tucanos em pé. Peças fundamentais da oposição não suportaram a imagem de Lula junto aos adversários e estão fora do Congresso Nacional. No Amazonas, o tucano, Arthur Virgílio, forte opositor e crítico do governo Lula, ficou de fora do Senado. No Ceará, o outro tucano, não tão crítico quanto o primeiro, mas peça chave no Estado, Tasso Jereissate, também não fica em Brasília durante os próximo 4 anos. Ainda no Nordeste, o Piauí, viu mais dois opositores ao governo Lula, ficarem longe de Brasília, o democrata, Heráclito Fortes e o social cristão, Mão Santa, ficarem na geladeira de mais de 40º do Estado nordestino. O mesmo se repetiu na Paraíba e Bahia.
Em Pernambuco, terra do presidente da república o resultado não seria mais ameno. O ex vice-presidente, governador, deputado e senador, Marco Maciel, sofreu também uma forte derrota no Estado, que dedicou mais de 40 anos da vida pública, Marco Maciel recebeu um pouco mais de 934 mil votos. Opositor importante ao governo e sumidade entre aliados e opositores quanto a sua moral e caráter, já dizia o Socialista Miguel Arraes:

“O grande problema das oposições em Pernambuco, hoje, é a competência do Governo Estadual. Nós estávamos acostumados a trabalhar com governantes altamente incompetentes e corruptos. Agora, a coisa é um pouco diferente: o governador Marco Maciel é trabalhador e está à altura da velha tradição pernambucana de políticos competentes e honestos”.


A vaga de Marco Maciel foi ocupada por um candidato que passou longe de nascer em Pernambuco, Humberto Costa, nascido em Campinas. No Estado a oposição sofrerá muito para se erguer após a derrota. Os prefeitos sejam eles de qual partido for, estavam preocupados em manter os seus currais calmos mostrando a foto do touro velho, Lula, para manter a popularidade.
O furacão não bastando em derrubar árvores e tucanos, levantou uma poeira tão grande que ofuscou o sol em Alagoas, certamente a crítica mais ferrenha do PT e do governo Lula, Heloisa Helena, PSOL em Alagoas perdeu seu espaço no Senado, para Benedito de Lira que alem do apoio do prefeito de Maceió, Cícero Almeida, usou e abusou de imagens editadas da parlamentar soltando o verbo nos “inimigos” políticos.
O furacão deixou uma oposição arrasada na região, e a preocupação agora não é apenas como se reerguer após tamanha derrota, mas como serão os debates de idéias sem a oposição nas esferas nacionais e estaduais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Espero os eleitores tenham visto a votação na capital do Brasil e sigam de exeplo q onde o PT deveria ganhar com folga foi onde teve uma grande derrota 3º lugar, pq será q isso aconteceu? será q o clima em brasilia está deixando os eleitores confusos ou abri os olhos.

Anônimo disse...

Cara a política virou motivo de piada, ao menos eu não vou ver nenhum, paulistano safado dizendo que nós alagoanos não temos consciências na hora de votar, pois o Collor já era. Dá-lhe Tiririca!
Ass: Márcio Nunes

Unknown disse...

A oposição errou. Criticaram mas não apresentaram alternativas ao governo.
Apostaram no quanto pior melhor. Não perceberam que o governo Lula trouxe a alta estima ao povo Brasileiro. O Brasil é outro, não precisamos de caciques. A grande diferença é que a sociedade brasileira, as entidades e organizações sociais passaram a interagir, ganharam espaço, debutaram no governo Lula. Vários benefícios são distribuídos diretamente a quem de direito sem
a necessidade da benção dos políticos, sem o beija mão. Os escândalos de corrupção foram divulgados e se não foram punidos a esfera é o judiciário. Sou contra, não aprovo os atos ilícitos, ao mesmo tempo sou sabedor que faz parte da cultura daqueles que acham que o poder serve apenas´para locupletar. Resta aos contumazes críticos, a reflexão. Fossem um, mas quase todos não foram reeleitos. Por que?